Para além das definições de economia em abstrato e de economia familiar ou doméstica, conviria indagar o que é a economia em sua feição política, isto é, aplicada ao todo social, autônoma, sem dúvida, em relação à política mesma, mas, inegavelmente, a seu serviço.

É uma ciência prática, com objeto e princípios próprios, cujo objetivo é a geração de riqueza, conquanto, evidentemente, em dependência da moral, das tradições, do direito e da política (considerada em sua real dimensão, como ciência moral com vistas ao bem comum temporal, diferentemente da concepção moderna, que a transforma em mera disputa pelo poder), em posição que se afasta simultaneamente dos economicismos liberal (que nega a indispensabilidade dos princípios morais e religiosos para uma justa organização econômica) e estatista (que recusa a autonomia de princípios e objeto da economia sob pretexto de combater o espírito ganancioso dos agentes produtores, comprometendo largamente a eficácia econômica, objetivo dessa ciência prática).