Tomás de Aquino vai dizer: todos falam de Deus. O argumento, devemos notar, não mostra que Deus, assim entendido, criou o mundo dos seres finitos.

No que diz respeito à investigação racional, permanece uma questão em aberto, assim como ele afirmou, se o mundo existiu ou não eternamente.

A disputa dos ateus com este argumento, como sua disputa com Avicena e Averróis, pode, antes de tudo, enfocar nas concepções de inteligibilidade e de explicação que são pressupostas por ele e eles apelarão contra essas concepções para uma gama de perspectivas modernas de explicação avançada pelos filósofos da ciência kantiana e neo-kantiana ou empirista ou materialista ou positivista.

O que esses apelos têm em comum é a rejeição da possibilidade de encontrar um arcabouço conceitual de relações de causa e efeito para além do mundo da natureza como ele é apresentado na experiência dos sentidos.

O universo natural, o conjunto de seres finitos, é, assim eles afirmam, não algo ao qual possamos atribuir uma forma de relação causal significativa.

Título original:  God, Philosophy, Universities: A Selective History of the Catholic Philosophical Tradition
Tradução: André Gonçalves Fernandes