O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração.
Ficha Técnica:ISBN: 9786599525902
Editora: Chafariz
Dimensões: 14.00 x 21.00 cm
Idioma: Português
Páginas: 108