Um assassinato, um suspeito e muitas perguntas.
Romance policial, investigação sobre os limites do desejo, experimento narrativo, o primeiro romance de Rubem Fonseca parece um jogo de espelhos, em que os personagens se desdobram, assim como a história e o próprio narrador, sem que saibamos quais são os originais e quais são os reflexos.
Paul Morel é um artista de vanguarda que está preso pela suspeita de assassinato de uma de suas namoradas. Na cela, recebe a visita do escritor Vilela, ex-delegado que já aparecera no conto final de A coleira do cão (1965). Enquanto Morel pede ao escritor auxílio para escrever ― não sabemos se um romance ou sua autobiografia ―, Vilela enxerga no artista semelhanças com sua própria vida. O que lemos é o entrelaçamento de duas narrativas paralelas: ora estamos diante do manuscrito de Morel, ora é o narrador que assume a história. Até que, no final, as tramas se encontram em uma conclusão brilhante.
Publicado em 1973, quando Rubem Fonseca já era considerado um dos principais contistas brasileiros, O caso Morel é um romance curto, em que o autor retoma e desenvolve temas já explorados em seus contos, como a arte, o sexo, a violência, a moral e a relação do homem com o mundo.
Com o cuidado narrativo levado às últimas consequências, este é um livro que ultrapassa os limites do gênero policial em nome da complexidade da literatura.
Ficha Técnica:ISBN: 9786556401966
Editora: Nova Fronteira
Dimensões: 14.00 x 21.00 cm
Páginas: 200
Encadernação: Brochura
Edição: 1
Idioma: Português
Com zíper: Não
Idade mínima: 0
Idade máxima: 99